Foto da família Coelho da Rocha na década de 1920 Na nobiliarquia belforroxense, vamos encontrar, por volta da 1815, a chegada da famíli...
Foto da família Coelho da Rocha na década de 1920 |
A Fazenda do Brejo foi adquirida pela marquês Felisberto Caldeira Brant das mãos do padre Miguel Arcanjo Leitão em 1815. Na sua administração, foram feitas diversas obras, como a canalização de um braço do Rio Sarapuí com seis esclusas e a regularização do curso. Com a morte de seu pai, em 1842, o conde Pedro Caldeira Brant assumiu as terras da Fazenda do Brejo e, em 1851, a vendeu para o comendador Manuel Coelho da Rocha.
Naquele tempo, a Baixada Fluminense sofria um surto de epidemias, como consequência das muitas águas paradas que formavam brejos insalubres. Isso acabou com a produção agrícola e levou à morte centenas de pessoas.
Uma grande perda para a localidade foi a transferência da Igreja Matriz da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, em 5 de outubro de 1862 (hoje bairro da Prata). O vigário Antônio de Santa Maria Magdalena deixou registrado no livro paroquial que a encontrou em ruínas o sem condições de funcionamento. A pedido dos paroquianos, o presidente da Província sancionou, em 29 de novembro de 1862, lei do deputado Bento Pinto Ribeiro, a qual deliberou que a sede da Freguesia de Santo Antônio da Jacutinga fosse transferida para o lugar denominado Maxambomba, às margens da Estação da Estrada de Ferro Pedro II, hoje Nova Iguaçu.
Para as terras do Velho Brejo, nem tudo estava perdido. Em 1816, a estrada de ferro denominada Rio D´Ouro atravessou o Engenho do Brejo em terras cedidas pelo comendador Coelho da Rocha. A finalidade era permitir a colocação dos tubos de ferro em busca de água nas nascentes do Rio São Pedro, em Tinguá e em Xerém.
Na sede da estação, foi criado um registro central, que teve como chefe da 1ª Divisão de Águas o engenheiro Raimundo Teixeira Belford Roxo.
Mais tarde, ele seria homenageado e seu nome dado à cidade. A partir de 1890, a estrada de ferro foi transformada e recebeu trens de passageiros.
Em junho de 1931, Belford Roxo recebeu a visita do presidente Getúlio Vargas. Ele vinha de Nilópolis e parou na praça central. Lá, recebeu ovação popular, foi saudado pela família Coelho da Rocha e dela recebeu convite para se dirigir ao seu solar, uma majestosa construção no alto da colina onde se descortinava um lindo panorama.
Após um lanche, Getúlio foi saudado por Diomedes Figueiredo de Moraes, que pediu o aumento dos transportes da via férrea Rio D´Ouro. Ao deixar o local, a comitiva presidencial foi homenageada por uma banda de música.
A velha Fazenda do Brejo, antes Ipuera e Calhamaço, foi dividida em loteamentos no inicio do Século XX, sua população cresceu após 1940 como quarto distrito de Nova Iguaçu e na década de 1980 surgiu o desejo de emancipar-se.
Realizado plebiscito em 12 de janeiro de 1988, a população votou pelo sim. Após uma série de controvérsias sobre sua legitimidade, a Justiça Eleitoral deu parecer favorável, e o Município de Belford Roxo foi estabelecido em 3 de abril de 1990 e instalado em 1º de janeiro de 1993.
Via Genesis Torres
Um pouco de História
Jornal O Dia