RIO DE JANEIRO - Ontem a noite, no mesmo dia em que o PT comemorou seus dez anos no governo federal, foi lançada a candidatura do senado...
RIO DE JANEIRO - Ontem a noite, no mesmo dia em que o PT comemorou seus dez anos no governo federal, foi lançada a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT/RJ) ao governo do RJ. Prova disso são as primeiras inserções do PT no estado produzidas pelo marqueteiro João Santana, responsável pelas três vitórias mais importantes do partido nos últimos anos: a reeleição de Lula, em 2006, a vitória de Dilma Rousseff, em 2010, e a eleição de Fernando Haddad, para a prefeitura de São Paulo, em 2012.
Os vídeos são uma superprodução, com apurados recursos técnicos. "É preciso diminuir a distância que separa o Rio pobre do Rio rico", anuncia o senador, que atribui os bons ventos no estado à sintonia entre governo, estado e prefeitura. Segundo ele, dias melhores virão quando as equipes das esferas de poder trabalharem ainda mais juntas, ou seja PT no governo federal mais PT no governo estadual.
Os vídeos são uma superprodução, com apurados recursos técnicos. "É preciso diminuir a distância que separa o Rio pobre do Rio rico", anuncia o senador, que atribui os bons ventos no estado à sintonia entre governo, estado e prefeitura. Segundo ele, dias melhores virão quando as equipes das esferas de poder trabalharem ainda mais juntas, ou seja PT no governo federal mais PT no governo estadual.
Assista abaixo ao primeiro vídeo:
A presença de João Santana no time de Lindbergh mostra que o quadro político está mudando rapidamente no Rio de Janeiro. Os reflexos dessa mudança são nacionais. Sem o apoio do PT, o governador do Rio, Sergio Cabral, que pretende lançar seu vice Luiz Fernando Pezão, ameaça desembarcar da candidatura Dilma em 2014. Mas Lindbergh tem dito a aliados que não apenas será candidato, como espera ter o apoio do PMDB. As moedas de troca seriam um eventual ministério para Sergio Cabral num segundo governo Dilma e o apoio do PT ao PMDB em São Paulo, onde o candidato mais forte seria Gabriel Chalita.
A prova de que a candidatura de Lindbergh é irreversível é a própria presença de João Santana na equipe. “Contar com ele significa ter o aval nacional do partido, o que também representa a concordância de Lula e Dilma”, tem comentado o senador a diferentes interlocutores. “Chegou a hora de o PMDB retribuir todo o apoio do PT e abrir espaço para a formação de uma chapa realmente forte e unitária”, completa ele nessas conversas.
O problema de o PMDB do Rio trabalhar, nos últimos meses, com a candidatura do vice-governador Luiz Eduardo Pezão como um fato consumado poderá ser revertido por meio de compensações ao partido no plano nacional e, também, no Estado mais rico da Federação, São Paulo. Ali, em nome de ter Lindebrgh como cabeça de chapa no Rio, o PT aceitaria o deputado federal Gabriel Chalita como candidato a governador. O partido da estrela entraria com o vice.
Nos filmes de tevê dirigidos por João Santana, Lindbergh é vendido, em grande estilo, como um político de grande capacidade de articulação, capaz de unir diferentes forças políticas em torno de si. Ele seria o nome para ultrapassar os muros do isolamento e da divisão de classes no Rio. O estilo será semelhante ao imposto na campanha vitoriosa do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Numa pesquisa informal feita pelo PT, Lindbergh contaria, neste momento, com o dobro das intenções de voto dadas ao vice-governador Pezão.
Veja, ainda, os outros vídeos da campanha:
Via 247Rio