Em 2012, os casos de estupros cresceram 24% em relação ao ano anterior, no Rio de janeiro. Os números fazem parte dos mais recentes índice...
Em 2012, os casos de estupros cresceram 24% em relação ao ano anterior, no Rio de janeiro. Os números fazem parte dos mais recentes índices de criminalidade do Instituto de Segurança Pública (ISP). No acumulado de janeiro a novembro de 2012, foram registrados 5.542 casos no estado, contra 4.467 em 2011 - 1.075 registros a mais.
Até a segunda-feira (21), não havia dados disponíveis do mês de dezembro de 2012.
De acordo com o ISP, a área de maior incidência de estupro é a capital: até novembro de 2012 foram 1.857 casos. Na comparação com o mesmo período de 2011, quando houve 1.437 ocorrências, o aumento foi de 29% - percentual de alta ainda maior que o do estado.
O ISP um alerta sobre o aumento de estupros no Rio através de uma nota técnica que consta no boletim. No entanto, para a diretora da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher, Márcia Noeli, não se trata de um aumento nos crimes, mas de um crescimento dos registros.
Até a segunda-feira (21), não havia dados disponíveis do mês de dezembro de 2012.
De acordo com o ISP, a área de maior incidência de estupro é a capital: até novembro de 2012 foram 1.857 casos. Na comparação com o mesmo período de 2011, quando houve 1.437 ocorrências, o aumento foi de 29% - percentual de alta ainda maior que o do estado.
O ISP um alerta sobre o aumento de estupros no Rio através de uma nota técnica que consta no boletim. No entanto, para a diretora da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher, Márcia Noeli, não se trata de um aumento nos crimes, mas de um crescimento dos registros.
DEAM de Belford Roxo é uma das especializadas que investigam casos de violência.
Cartaz do Disque estimula a vítima a denunciar
Como agir
A vítima de estupro não deve tomar banho ou limpar qualquer vestígio do crime. A primeira providência é procurar a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) mais próxima ou a delegacia distrital da área.
Na unidade policial, será feito o registro de ocorrência e a vítima será encaminhada para exame de corpo de delito no Instituto Médico legal (IML).
Provas colhidas no exame, como sêmen, ajudam na identificação do criminoso.
A mulher também deve ser encaminhada para o hospital mais próximo, onde receberá o coquetel antiaids e atendimento médico.
No caso de abuso de menores, a legislação permite que qualquer pessoa denuncie.
Atendimento especializado
Os policiais que trabalham nas DEAMS são capacitados para atender a casos delicados como esses utilizando práticas de psicologia. O objetivo é acolher e deixar a vítima o mais confortável possível para relatar os fatos e denunciar o agressor. Após o procedimento policial, que dá início às investigações, a vítima é encaminhada as redes de assistência psicológica e jurídica: Centros Integrados de Atendimento à Mulher (CIAMS) e, no caso de menores, o NACA, Núcleo de Atenção à Criança e ao Adolescente.
O Disque 180 é um serviço de atendimento à mulher 24 horas por dia. De qualquer telefone público, fixo ou celular, a qualquer hora e de qualquer lugar do país, mulheres e homens podem ligar pedindo ajuda ou denunciando a violência. No caso de violência contra crianças e adolescentes, o Disque 100 recebe denúncias de todo o país referentes a esse tipo de caso.
"Ele me agrediu com socos e pontapés, dizendo que eu o linha traído" O cartaz a Policia Civil do Rio que incentiva mulheres a denunciar as violências sofridas traz a seguinte mensagem: ‘Algumas marcas ficam para sempre'.
Cartaz do Disque estimula a vítima a denunciar
Como agir
A vítima de estupro não deve tomar banho ou limpar qualquer vestígio do crime. A primeira providência é procurar a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) mais próxima ou a delegacia distrital da área.
Na unidade policial, será feito o registro de ocorrência e a vítima será encaminhada para exame de corpo de delito no Instituto Médico legal (IML).
Provas colhidas no exame, como sêmen, ajudam na identificação do criminoso.
A mulher também deve ser encaminhada para o hospital mais próximo, onde receberá o coquetel antiaids e atendimento médico.
No caso de abuso de menores, a legislação permite que qualquer pessoa denuncie.
Atendimento especializado
Os policiais que trabalham nas DEAMS são capacitados para atender a casos delicados como esses utilizando práticas de psicologia. O objetivo é acolher e deixar a vítima o mais confortável possível para relatar os fatos e denunciar o agressor. Após o procedimento policial, que dá início às investigações, a vítima é encaminhada as redes de assistência psicológica e jurídica: Centros Integrados de Atendimento à Mulher (CIAMS) e, no caso de menores, o NACA, Núcleo de Atenção à Criança e ao Adolescente.
O Disque 180 é um serviço de atendimento à mulher 24 horas por dia. De qualquer telefone público, fixo ou celular, a qualquer hora e de qualquer lugar do país, mulheres e homens podem ligar pedindo ajuda ou denunciando a violência. No caso de violência contra crianças e adolescentes, o Disque 100 recebe denúncias de todo o país referentes a esse tipo de caso.
"Ele me agrediu com socos e pontapés, dizendo que eu o linha traído" O cartaz a Policia Civil do Rio que incentiva mulheres a denunciar as violências sofridas traz a seguinte mensagem: ‘Algumas marcas ficam para sempre'.
Moradora de Queimados, uma jovem de 21 anos, foi estuprada, espancada e ameaçada de morte pelo namorado, 20 anos mais velho. Após passar por uma sessão de tortura, ela decidiu denunciar o agressor na 55ª DP (Queimados).
“Eu fui à delegacia porque linha apanhado e ele disse que ia me matar se eu contasse para alguém, mas eu nem sabia que tinha sido estuprada. Achei que isso não era estupro porque eu já não era virgem, mas o delegado me explicou que é, sim", disse a jovem.
A jovem enfrentou a situação e aconselha as vítimas de violência a fazerem o mesmo, embora ainda sinta medo e prefira não se identificar. “Todo mundo aqui [no bairro] sabe o que aconteceu comigo e eu não tenho vergonha
de falar, mas ainda tenho medo dele. Ele pode querer se vingar de mim. Mesmo assim, acho que todas têm que ter a coragem que eu tive”, defende a vítima.
“Eu fui à delegacia porque linha apanhado e ele disse que ia me matar se eu contasse para alguém, mas eu nem sabia que tinha sido estuprada. Achei que isso não era estupro porque eu já não era virgem, mas o delegado me explicou que é, sim", disse a jovem.
A jovem enfrentou a situação e aconselha as vítimas de violência a fazerem o mesmo, embora ainda sinta medo e prefira não se identificar. “Todo mundo aqui [no bairro] sabe o que aconteceu comigo e eu não tenho vergonha
de falar, mas ainda tenho medo dele. Ele pode querer se vingar de mim. Mesmo assim, acho que todas têm que ter a coragem que eu tive”, defende a vítima.
Via Jornal Hora H