A aprovação da nova lei dos royalties não foi a única derrota política do governador Sergio Cabral, que não aceitou negociar com as banca...
A aprovação da nova lei dos royalties não foi a única derrota política do governador Sergio Cabral, que não aceitou negociar com as bancadas de outros estados uma nova lei, que mantivesse um razoável percentual dos royalties para estados e municípios produtores de petróleo ou que abriguem instalações petrolíferas, como refinarias e oleodutos, sempre sujeitos a vazamentos e outros acidentes ainda mais graves. Na sua postura ultrarradical, o governador fluminense não se constrangeu em fazer ameaças típicas de garoto mimado do tipo “sem royalties, não teremos condições de realizar a Copa do Mundo de 2014 ou as Olimpíadas de 2016”.
E o governador Cid Gomes, do PSB do Ceará, resolveu tripudiar diante da acachapante derrota da política cabralina do “tudo, ou nada!” . O irmão do ex ministro Ciro Gomes foi além, ao garantir à presidente Dilma que o PSB não só apóia a sua reeleição em 2014 como lhe ofereceu o candidato ideal (por representar o Nordeste): Eduardo Campos. Como cacife para tanta ousadia, Cid Gomes levou a Dilma Rousseff a vitória do PSB nas eleições para a Prefeitura de Fortaleza, onde o PSB elegeu o médico e deputado estadual Roberto Claudio com 53% dos votos, derrotando Elmano de Freitas (PT), que tinha o apoio não só do ex presidente Lula, mas também da prefeita Liziane Lins (PT), que está em seu segundo mandato.Representando o desejo de nada menos que 26 governadores e de mais de 5.500 prefeitos de todo o País, Cid Gomes fez um único pedido à presidente Dilma Rousseff: que ela sancione, sem vetos, a lei dos royalties, deixando o problema dos estados produtores para o STF. Por tabela, ainda deu uma rasteira no PMDB, de Michel Temer e Sérgio Cabral.
Fonte: Alberto Marques